Por que o câncer de Marcelo Rezende é o mais mortal e agressivo de todos?

Steve Jobs, Patrick Swayze, Alan Rickman, Jerry Adriani, Marly Marley, Luciano Pavarotti, Joan Crawford, Marcello Mastroianni e Raul Cortez possuem em comum um trágico destino: todos morreram em decorrência do câncer de pâncreas. Considerado o mais letal dos cânceres, o de pâncreas costuma vitimar 75% dos pacientes já no primeiro ano após a descoberta. A taxa aumenta para assustadores 94% para o período de cinco anos.
O apresentador e jornalista Marcelo Rezende, de 65 anos, revelou que estava com essa doença em maio. Desde então, ele se afastou da televisão para cuidar da saúde e, infelizmente, acabou falecendo no último sábado. No fim, o câncer de Rezende já havia se espalhado para o fígado e comprometeu parte de seu aparelho digestivo, levando a um quadro de falência múltipla dos órgãos. Mas, afinal, por que o câncer de pâncreas é tão agressivo?
Como em toda doença desse tipo, esse tipo de câncer acontece quando células do pâncreas passam a se reproduzir de maneira desordenada e anormal. Muitas dessas células acabam se espalhando através da corrente sanguínea e do sistema linfático passando a atacar outros órgãos, mais comumente o fígado e os pulmões.
Um dos maiores problemas é que o câncer de pâncreas tem sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Os mais comuns são vômitos, dores abdominais e falta de apetite. Além disso, esse órgão está localizado no meio do abdômen, em um local de acesso relativamente difícil. Por conta disso, esse câncer normalmente é descoberto em estágios avançados ou quando se estendem para outras partes do corpo.
De 20 a 25% das vezes em que o câncer de pâncreas é descoberto antes de se espalhar, ele se mostra completamente inoperável, ou seja, o tratamento mais eficaz que seria a cirurgia passa a ser descartados pelos médicos. E mesmo quando a operação é possível, a taxa de mortalidade é bastante alta, chegando aos 70%.
Um perto de um animalO pâncreas se localiza no meio do abdômen e fica entre outros órgãos, dificultando um diagnóstico precoce
A quimioterapia é usada mais como um tratamento paliativo, para retardar o avanço da doença e diminuir os seus sintomas. Por ser um tumor extremamente agressivo, ele resiste à quimio com certa facilidade. Por conta disso, muitos pacientes resolvem procurar tratamentos alternativos, como o jornalista Marcelo Rezende, que resolveu testar uma dieta à base de proteínas e gorduras, eliminando os carboidratos e, com isso, tentar matar as células cancerígenas “de fome”, já que o fornecimento de glicose para elas se torna bem escasso.
Outras pessoas também procuram ajudas espirituais – o próprio Rezende confessou ter frequentado um retiro chamado Farmácia de Deus, na cidade de Juiz de Fora (MG). Essas terapias alternativas não são proibidas, mas tendem a ser desencorajadas por quem realmente entende de oncologia.


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