Se você mantém perfis nas redes sociais certamente leu ou viu alguma publicação a respeito da novela O Outro Lado do Paraíso, da Globo, nos últimos dias. É que o folhetim finalmente mostrou o desfecho da trama que envolve o delegado Vinícius (Flávio Bertolazi), acusado de abusar sexualmente da enteada. Na produção, a garota sofreu as agressões quando tinha 8 anos.
Além de virar assunto na web, a vingança de Clara (Bianca Bin) que terminou virando justiça para Laura (Bella Piero) também bateu recorde de audiência. O capítulo exibido na terça-feira (20) marcou 46 pontos e 62% de participação em São Paulo. No Rio de Janeiro, os resultados foram ainda melhores: 48 pontos com 67%.
Os capítulos que mostraram o julgamento do delegado pelo crime de pedofilia contaram com depoimentos marcantes da empregada Tiana (Ilva Niño), da mãe de Laura (Sandra Corveloni) e da própria vítima. Por meio do Twitter, internautas elogiaram as atuações. Muita gente se mostrou chocada com a emoção mostrada em cena pelos intérpretes. O abusador Vinícius acabou morto a facadas na cadeia depois de ser preso.
Fora da tela, as cenas também parecem ter surgido efeito. Ao jornal O Dia, a titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Juliana Emerique, contou que telefones da unidade tocaram sem parar ao longo da terça-feira e que três casos de pedofilia foram registrados. Na maioria das ligações, pessoas queriam saber como denunciar os crimes contra crianças.
A pedofilia está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual. Pedófilos são pessoas adultas, homens e mulheres, que têm preferência sexual por crianças – meninas ou meninos – do mesmo sexo ou de sexo diferente, que ainda não atingiram a puberdade ou estão no início dela, de acordo com a OMS.
O código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
A pena máxima para o crime de pedofilia é de 6 anos.
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