As famosas vacinas de Oxford finalmente chegaram ao Brasil e são uma forte esperança dos cientistas e médicos para combater a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A informação dada na terça-feira sobre um lote para testes que chegaria em território brasileiro deixou muitas pessoas interessadas. Mas quem poderá ser voluntário e como vai funcionar o processo?
A vacina ChAdOx1 no Brasil
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca, foi batizada de ChAdOx1 e vem sendo testada desde o final de abril. Recentemente, os constantes sucessos trouxeram a oportunidade de iniciar a Fase 3 dos testes, que é a que está chegando aqui no Brasi.
Esta nova vacina é produzida de maneira diferente da maioria, já que não leva o vírus morto dentro dela. A ChAdOx1 é feita usando partes da proteína que reveste o material genético do Sars-CoV-2 e, dessa forma, não pode replicar o novo coronavírus.
Os brasileiros são os primeiros, fora o Reino Unido, a poder testar a eficácia da nova vacina. Aqui serão 2 mil doses testadas em voluntários no decorrer de três semanas, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. A divisão será de mil testes para os cariocas e mil testes para os paulistas. No Rio, os testes serão conduzidos pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e, em São Paulo, pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Quem poderá ser testado
Existem algumas regras para que a pessoa possa se tornar um voluntário para testar a nova vacina. Segundo informações, devem ser pessoas entre 18 e 55 anos de idade e, preferencialmente, da área médica com trabalho intensivo com o novo coronavírus. Além destes, quem trabalhar em locais de risco e estiver dentro da faixa etária estipulada, também poderá ser testado.
O processo de recrutamento deve começar a qualquer momento durante o mês de junho e seguirá as regras apresentadas acima para a seleção. A proposta é de que 500 pessoas recebam a real ChAdOx1 e outras 500 recebam a vacina para Meningite, que funcionaria como uma espécie de placebo.
A princípio todo este processo deve ser bastante seguro, visto que tem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.
(Fonte: Pixabay)
Acompanhamento durante o período do teste
Se engana quem pensa que é só recebe a vacina e acabou o trabalho. O acompanhamento com o voluntário durará um ano, contando, no mínimo, cinco reencontros para consultas e exames de sangue que busquem por possíveis efeitos colaterais.
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